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terça-feira, 24 de outubro de 2017

3º SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA DA CNMF.


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No terceiro módulo de palestras do 3º Simpósio de Educação Continuada da Comissão Nacional de
Médicos do Futebol, o assunto tratado foi "Doping: do campo ao Tribunal". Coordenada por Fernando Solera, presidente de Controle de Doping da CBF, a série temática de palestras também teve a presença do doutor Osni Jacob, do Presidente do Tribunal de Justiça Antidopagem Luciano Hostins, e do sociólogo Marco Aurélio Klein.

Solera detalhou os procedimentos que precisam ser realizados em todas as partidas de futebol e explicou que o controle é feito por três pontos. O primeiro é a igualdade: que o técnico escale o melhor do grupo naquele momento, e não o que está usando uma substância proibida. A segunda questão é a saúde: um exame de dopagem pode detectar algum problema que o atleta vem apresentando. A terceira questão é a ética: prezar pelo Fair Play, tentando proporcionar um jogo justo. O coordenador da palestra também ressaltou a distribuição das equipes pelo Brasil e a importância da educação e de treinamento.

– Nós temos equipes de controle de doping no Brasil inteiro. Isso é muito importante pois em qualquer lugar que você for jogar terá um responsável por aquela equipe. Em alguns estados que há um maior número de partidas, a gente tem uma equipe maior, como em São Paulo onde há 50 pessoas envolvidas em controle de doping. Cada um recebeu o treinamento e tem o certificado FIFA. Todos nós fizemos o que estamos fazendo hoje, a educação continuada – comentou.

Osni Jacob trouxe para sua palestra estatísticas sobre casos analíticos adversos. Ele também falou sobre as evidências que mais têm aparecido nos exames de 2017, como diuréticos e corticóides, com 7 e 6 casos, respectivamente. O médico trouxe históricos de controle de doping ao longo dos 27 anos de controle e 55.707 amostras, sendo, em 2017, 5.500 feitas. Hoje, pode-se dizer, de acordo com o Sistema ADAMS - uma plataforma na internet para conciliação, mediação e arbitragem - que em termos mundiais temos uma incidência de doping de mais ou menos 0,5% no futebol.
Já Luciano Hostins falou sobre como a legislação esportiva atua perante ao doping e as divisões do Tribunal. O Presidente do TJD-AD explicou todas as implicações a que os médicos e jogadores têm diante do Tribunal de Justiça e quais as penas realizadas a determinadas infrações de médicos e atletas. Hostins ressaltou o aumento no uso de diuréticos, citado por Osni na palestra anterior, e convidou a Comissão de Dopagem da CBF para que se promovesse uma parceria com o Tribunal.
– Nós precisamos investigar e tentar identificar o motivo desse aumento. Será que está se usando o diurético com a finalidade de mascarar o uso de uma substância pior? Será que está havendo muitos casos de contaminação? Pois é uma preocupação. É com a saúde do atleta que estamos lidando nessa situação.

Finalizando o módulo, Marco Aurélio Klein falou sobre métodos de prevenção contra contaminação involuntária, circunstâncias de inteligência e ida a campo para proteger o atleta. Ele usou como exemplo dessa chegada ao campo, um aparelho de leitura imediata que indica alguma substância que possivelmente o atleta esteja utilizando. O sociólogo também anunciou que, em fevereiro, terá um aplicativo com uma lista de substâncias proibidas pela WADA e que o atleta e o médico poderão consultar o medicamento que irá usar para ter ciência de algum elemento proibido.
A programação do evento continua durante a terça-feira (24) e termina nesta quarta-feira (25). Ao todo, são 8 módulos com diferentes temas da área médica esportiva como tratamento de lesões, doping, concussões e fraturas.

fonte:https://www.cbf.com.br/noticias/comissao-nacional-medicos-futebol/especialistas-falam-sobre-doping-no-futebol?ref=latestnews#.We_i7HbJ0ps

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