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Guilherme Abrahão
03/08/2018
08:15
Caxias do Sul (RS)
No dia 3 de julho de 2017, Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da história do São Paulo, deixava o cargo de treinador do seu clube do coração. A demissão em seu primeiro trabalho no banco de reservas pegou muitos de surpresa, inclusive o ex-goleiro. Apesar do rendimento no comando tricolor não ser satisfatório, a saída do ídolo não era vista como uma opção naquele momento, especialmente pelo tamanho de sua figura no clube. Rogério foi demitido um dia depois de perder para o Flamengo, pelo Brasileiro, com o time entrando pela primeira vez, em 11 rodadas, na zona de rebaixamento da competição. Ceni levava um balde de água fria em seu começo de carreira como treinador.
Pouco mais de um ano se passou. Rogério Ceni, antes cru para assumir a responsabilidade, parece já ter se reinventado. O Recomeço foi janeiro passado, em um clube que, se não está na elite do futebol nacional, tem uma torcida grande e um ambiente de bastante cobrança. No Fortaleza, Rogério vem mostrando seu potencial para ter como técnico trajetória importante como a que teve nos tempos de atleta.
Com um elenco de qualidade inferior ao do São Paulo, Ceni vem fazendo história. Irá encerrar o primeiro turno da Série B na liderança (a última rodada termina sábado), com um aproveitamento de dar inveja a grandes treinadores do futebol brasileiro. Das 19 rodadas, 17 na liderança. Levando uma equipe antes candidata ao rebaixamento, oriunda da Série C, a sonhar com o retorno à Primeira Divisão. E a real possibilidade de obter seu primeiro título como treinador.
Pouco mais de um ano se passou. Rogério Ceni, antes cru para assumir a responsabilidade, parece já ter se reinventado. O Recomeço foi janeiro passado, em um clube que, se não está na elite do futebol nacional, tem uma torcida grande e um ambiente de bastante cobrança. No Fortaleza, Rogério vem mostrando seu potencial para ter como técnico trajetória importante como a que teve nos tempos de atleta.
Com um elenco de qualidade inferior ao do São Paulo, Ceni vem fazendo história. Irá encerrar o primeiro turno da Série B na liderança (a última rodada termina sábado), com um aproveitamento de dar inveja a grandes treinadores do futebol brasileiro. Das 19 rodadas, 17 na liderança. Levando uma equipe antes candidata ao rebaixamento, oriunda da Série C, a sonhar com o retorno à Primeira Divisão. E a real possibilidade de obter seu primeiro título como treinador.
Mágoas do clube onde atuou por 25 anos, Rogério diz não ter. Sereno após a brilhante vitória sobre o Juventude por 3 a 0, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, que garantiu o título simbólico do primeiro turno ao time cearense, o Mito atendeu a reportagem do LANCE! de forma exclusiva. Na conversa, ele falou do momento na carreira e da situação do clube do coração, que está na segunda colocação do Campeonato Brasileiro.
Diferenças do São Paulo que teve nas mãos para o São Paulo de Diego Aguirre são muitas, como o próprio explicita. Sem esquecer do ótimo trabalho do uruguaio, Rogério lembra dos garotos que promoveu em sua passagem e das vendas que permitiram ao clube contratar reforços que hoje são fundamentais para o desempenho do time.
- O que vejo nessa atual São Paulo? Vejo, primeiro de tudo, que deve ser um grande trabalho do Diego Aguirre, e vejo também R$ 55 milhões investidos. Vejo um Everton que veio, um Rojas que chegou. Vejo Diego Souza em grande fase. Um Nenê e muitos garotos, como Militão, que nós puxamos da base quando não tinha dinheiro para contratar outros grandes atletas. Tem Sidão, que nós trouxemos, jogando. Araruna, que utilizei muitas vezes. Tinha o Tavares - analisou o goleiro, sem esquecer de seu legado, o dos garotos que acabaram negociados e os que vêm jogando, reforçando o Tricolor dentro e fora de campo:
- Fico feliz de o clube ter condição de investir na equipe principal, com dinheiro da venda de atletas que fomos nós que puxamos no ano passado. Um time muito mais experiente com o Nenê. Pelo que tenho assistido, ele é o grande equilíbrio do time, na minha opinião. Zaga muito forte, com o Arboleda muito bem. Time consistente, alto. Uma linha de quatro bem defensiva. Jucilei e Hudson muito bem. É um time que briga pelo título.
Diferenças do São Paulo que teve nas mãos para o São Paulo de Diego Aguirre são muitas, como o próprio explicita. Sem esquecer do ótimo trabalho do uruguaio, Rogério lembra dos garotos que promoveu em sua passagem e das vendas que permitiram ao clube contratar reforços que hoje são fundamentais para o desempenho do time.
- O que vejo nessa atual São Paulo? Vejo, primeiro de tudo, que deve ser um grande trabalho do Diego Aguirre, e vejo também R$ 55 milhões investidos. Vejo um Everton que veio, um Rojas que chegou. Vejo Diego Souza em grande fase. Um Nenê e muitos garotos, como Militão, que nós puxamos da base quando não tinha dinheiro para contratar outros grandes atletas. Tem Sidão, que nós trouxemos, jogando. Araruna, que utilizei muitas vezes. Tinha o Tavares - analisou o goleiro, sem esquecer de seu legado, o dos garotos que acabaram negociados e os que vêm jogando, reforçando o Tricolor dentro e fora de campo:
- Fico feliz de o clube ter condição de investir na equipe principal, com dinheiro da venda de atletas que fomos nós que puxamos no ano passado. Um time muito mais experiente com o Nenê. Pelo que tenho assistido, ele é o grande equilíbrio do time, na minha opinião. Zaga muito forte, com o Arboleda muito bem. Time consistente, alto. Uma linha de quatro bem defensiva. Jucilei e Hudson muito bem. É um time que briga pelo título.
"Cada dia que passa se ganha sempre mais bagagem e experiência. Mas sou a mesma pessoa. Cada desafio que tem, como está sendo aqui, vou sempre amadurecendo"
Ceni enaltece o trabalho de Aguirre e o vê como o responsável direto pela boa condição da equipe no Brasileiro, sem reivindicar grande participação nisso:
- Não, não vejo meu trabalho não. Minha parte foi os garotos que puxei e o dinheiro que o clube tem hoje para contratar, que veio da venda desses garotos. Fora isso, é um trabalho todo do novo treinador - acredita.
- Não, não vejo meu trabalho não. Minha parte foi os garotos que puxei e o dinheiro que o clube tem hoje para contratar, que veio da venda desses garotos. Fora isso, é um trabalho todo do novo treinador - acredita.
UM ANO APÓS O SÃO PAULO: CENI SE DIZ O MESMO
Evolução é uma marca constante na carreira de qualquer atleta profissional. O passar do anos trazem experiência e deixam o currículo mais encorpado. Isso vale para treinadores e também jogadores. Rogério Ceni sabe que com ele não é diferente. Com o sólido trabalho realizado no Fortaleza, seu nome voltou a ganhar as manchetes de forma positiva, como foi uma tônica em sua carreira. Mesmo assim, o Mito afirma que suas convicções não mudaram. Sua forma de trabalhar é a mesma.
- O que que eu vou dizer? Cada dia que passa se ganha sempre mais bagagem e experiência. Mas sou a mesma pessoa. Cada desafio que tem, como está sendo aqui, vou sempre amadurecendo e sempre ganhando experiência. Faço o mesmo treinamento e trabalho. Tenho uma equipe de atletas, que logicamente pode não ser tão qualificada como no São Paulo, até pela diferença financeira das equipes, mas muito dedicada. Estamos há oito meses no Fortaleza e nunca teve um atraso dos atletas. Trabalho com um bom grupo de jogadores que se dedicam e se esforçam para estar onde estão - revelou.
Se há quem se surpreenda com o trabalho de Ceni no Fortaleza, o ex-goleiro não. Ele afirma que sua meta é ser sempre vitorioso e quer trabalhar com grupos que tenham essa mentalidade.
- Honestamente, em qualquer lugar que vá, só vou se puder vencer e poder brigar por títulos e pela ponta, porque sou assim. Está longe do final da Série B, está tudo muito apertadinho. Ainda não tem nada. Estamos próximos dos outros times, a única coisa é que lideramos a maior parte do tempo e cobro dos meus atletas, e de mim mesmo, que precisamos defender essa posição - comenta, acrescentando que o Fortaleza também precisa evoluir:
- Depois de oito anos, o Fortaleza está na Série B, precisa se reestruturar, precisamos de muita coisa ainda dentro do CT para melhorar mais, mas o dia em que eu não acreditar que vou trabalhar e posso ganhar não vou aceitar.
Evolução é uma marca constante na carreira de qualquer atleta profissional. O passar do anos trazem experiência e deixam o currículo mais encorpado. Isso vale para treinadores e também jogadores. Rogério Ceni sabe que com ele não é diferente. Com o sólido trabalho realizado no Fortaleza, seu nome voltou a ganhar as manchetes de forma positiva, como foi uma tônica em sua carreira. Mesmo assim, o Mito afirma que suas convicções não mudaram. Sua forma de trabalhar é a mesma.
- O que que eu vou dizer? Cada dia que passa se ganha sempre mais bagagem e experiência. Mas sou a mesma pessoa. Cada desafio que tem, como está sendo aqui, vou sempre amadurecendo e sempre ganhando experiência. Faço o mesmo treinamento e trabalho. Tenho uma equipe de atletas, que logicamente pode não ser tão qualificada como no São Paulo, até pela diferença financeira das equipes, mas muito dedicada. Estamos há oito meses no Fortaleza e nunca teve um atraso dos atletas. Trabalho com um bom grupo de jogadores que se dedicam e se esforçam para estar onde estão - revelou.
Se há quem se surpreenda com o trabalho de Ceni no Fortaleza, o ex-goleiro não. Ele afirma que sua meta é ser sempre vitorioso e quer trabalhar com grupos que tenham essa mentalidade.
- Honestamente, em qualquer lugar que vá, só vou se puder vencer e poder brigar por títulos e pela ponta, porque sou assim. Está longe do final da Série B, está tudo muito apertadinho. Ainda não tem nada. Estamos próximos dos outros times, a única coisa é que lideramos a maior parte do tempo e cobro dos meus atletas, e de mim mesmo, que precisamos defender essa posição - comenta, acrescentando que o Fortaleza também precisa evoluir:
- Depois de oito anos, o Fortaleza está na Série B, precisa se reestruturar, precisamos de muita coisa ainda dentro do CT para melhorar mais, mas o dia em que eu não acreditar que vou trabalhar e posso ganhar não vou aceitar.
MOTIVAÇÃO VEM DE SEMPRE
São quase 30 anos dedicados ao futebol. E Rogério Ceni não está cansado da maratona de treinos, viagens, jogos e concentração. E de onde tira seu sustento que Rogério tira seu lazer. É assim que ele pensa. Por isso, seja onde for, o treinador está sempre pronto e de olho no algo a mais que pode realizar. Para ele, sua característica natural o faz o vencedor que foi durante toda sua carreira como jogador e, sonha, em se tornar algo parecido como treinador.
- Sou um cara motivado por natureza. Onde vou, em qualquer lugar, série, time, dia da semana, se tem uma coisa que não me falta é motivação para trabalhar. Acho que meu grande lazer é o trabalho. Gosto muito do que faço e sempre me proponho ser obstinado a vitória. Logicamente, isso não garante o sucesso do dia de amanhã. Mas te garante ao menos a certeza que você faz o melhor no dia de hoje - definiu.
São quase 30 anos dedicados ao futebol. E Rogério Ceni não está cansado da maratona de treinos, viagens, jogos e concentração. E de onde tira seu sustento que Rogério tira seu lazer. É assim que ele pensa. Por isso, seja onde for, o treinador está sempre pronto e de olho no algo a mais que pode realizar. Para ele, sua característica natural o faz o vencedor que foi durante toda sua carreira como jogador e, sonha, em se tornar algo parecido como treinador.
- Sou um cara motivado por natureza. Onde vou, em qualquer lugar, série, time, dia da semana, se tem uma coisa que não me falta é motivação para trabalhar. Acho que meu grande lazer é o trabalho. Gosto muito do que faço e sempre me proponho ser obstinado a vitória. Logicamente, isso não garante o sucesso do dia de amanhã. Mas te garante ao menos a certeza que você faz o melhor no dia de hoje - definiu.
Por enquanto, Rogério Ceni, ídolo da torcida são-paulina, começa a ganhar novos fãs e novos corações tricolores. Se antes era no Sudeste do Brasil, sua meta agora é no Nordeste. Em pouco mais de sete meses de trabalho no Fortaleza, já mostrou que pode pensar grande e sonhar alto. Se o tricolores paulista são gratos a tudo que ele fez pelo clube, nesta toada, os cearenses não serão diferentes. É esperar para confirmar. Mas ao que tudo indica, sua carreira de treinador começa a se consolidar.
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